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A Santificação dos Casados

Introdução:
A. O casamento.
1. Por um lado, é a primeira relação humana, e uma que já sobreviveu milhares
de anos de história humana.
2. Por outro lado, o casamento está sob ataque constante:
a. Tentativas de diminuir sua santidade – movimentos a favor do
casamento de homossexuais, etc.
b. Tentativas de diminuir a sua importância – tendências de muitos a
viverem amigados sem casar.
c. Tentativas de negar a sua permanência – aceitação geral do divórcio por
qualquer motivo.
B. No meio a tanta corrupção do plano de Deus, os discípulos casados precisam
lutar para manter casamentos conforme o plano de Deus.

I. O Plano de Deus para o Casamento.
A. Deus definiu o casamento quando criou o primeiro casal (Gênesis 2:24):
1. Deixa pai e mãe – uma decisão de entrar num novo relacionamento.
2. Une-se a sua mulher – um compromisso assumido entre os dois.
3. Tornando-se os dois uma só carne – a intimidade conjugal, uma relação
especial e exclusiva.
B. Apesar dos abusos tolerados durante milhares de anos, Jesus afirmou os
mesmos princípios como base da sua legislação sobre o casamento (Mateus
19:4-6; cf. Marcos 10:6-8).
C. Paulo frisou o caráter monógomo do casamento (1 Coríntios 7:2).
D. A lei conjugal vigora até a morte de um dos cônjuges; o viúvo fica livre para casar
de novo (Romanos 7:1-3; 1 Coríntios 7:39; 1 Timóteo 5:14; Mateus 22:30).
E. Em geral, o divórcio é proibido, e segundo casamento após o divórcio é descrito
como adultério (Lucas 16:18; Marcos 10:11-12; 1 Coríntios 7:10-11).
F. Em casos de desobediência aos princípios da santidade do casamento, Deus se
mostra rígido:
1. Se alguém se divorciar (pecando contra Deus), deve reconciliar-se ou ficar só
(1 Coríntios 7:11).
2. Se um descrente abandonar seu cônjuge cristão, este pode deixá-lo sair,
mas Deus não autoriza segundo casamento nestes casos (1 Coríntios 7:15).
3. A única situação em que o Senhor autoriza divórcio e segundo casamento é
por causa de relações sexuais ilícitas (Mateus 19:9; cf. 5:32).

II. Os Casados Enfrentam Desafios e Ameaças de Falsas Doutrinas.
A. Ameaças doutrinárias – abrindo brechas na lei de Deus. Há muitas maneiras que
pastores e teólogos procuram amenizar as exigências do Senhor, dando abertura
para pessoas manterem seus casamentos ílicitos. Exemplos de alguns dos
argumentos mais comuns:
1. O casamento abençoado é o casamento de crentes.
a. Com este argumento, procuram negar a validade de núpcias contraídas
antes de se converter.
b. Alguns inventam distinções artificiais (evangelho X doutrina, por
exemplo) para dizer que uma mensagem aplica aos descrentes, e outra
aos cristãos.
Problemas com esta abordagem:
i. A Bíblia nem usa a expressão “casamento abençoado”.
ii. O casamento vem antes da Lei de Moisés, antes do Evangelho de
Jesus e antes da igreja. Nunca foi subordinado a alguma instituição
religiosa.
iii. Se for a verdade, todo casamento feito antes da conversão dos
cônjuges, mesmo se for um casamento puro e feliz, teria quer ser
condenado como “não abençoado”.
iv. Na prática, esta abordagem é aplicada seletivamente para oferecer
uma saída de alguns casamentos ou para justificar pessoas que
querem manter casamentos ilícitos. O capricho dos homens derruba
a palavra de Deus.
v. O evangelho de Jesus é universal (Romanos 1:16).
vi. Deus exige o arrependimento de todos (Atos 17:30).
vii. Alguns na igreja de Corinto eram adúlteros antes de se converter (1
Coríntios 6:9-11). Adultério envolve uma violação do pacto do
casamento. Se eram adúlteros, estavam sujeitos à lei conjugal antes
de se tornarem cristãos.
viii. Não há nenhuma instrução nem exemplo no NT invalidando
casamentos simplesmente por serem feitos antes da conversão das
pessoas.

2. “As coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas” (2 Coríntios
5:17).
a. Este versículo é usado para dizer que a pessoa num casamento ilícito
(conforme as claras afirmações de Jesus, Paulo, etc.) pode manter
aquela relação depois de se converter, pois as coisas antigas se fizeram
novas. Ou que a pessoa separada pode esquecer do primeiro
casamento e achar um companheiro mais adequado. Dizem,
basicamente, que o batismo purifica e livra o homem de todas as
esposas anteriores e santifica a relação com a atual.
b. Problemas com esta abordagem:
i. O contexto fala claramente de relações espirituais com Cristo, e
pessoas tiram um versículo do contexto para justificar relações
carnais de casamentos ilícitos.
ii. Não devemos usar uma afirmação geral para negar o significado de
instruções específicas. É a mesma coisa de usar João 3:36 (“quem
crê no Filho tem a vida eterna”) ou João 10:28 (“Eu lhes dou a
vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da
minha mão”) para negar as muitas passagens que falam
especificamente da possibilidade de retroceder e perder a vida
eterna (1 Coríntios 9:27; 10:6,11-12; Gálatas 5:4; Hebreus 10:26-27;
etc.).
iii. Na prática, este argumento é usado conforme o capricho das
pessoas para justificar casamentos “bons” que querem manter, mas
ainda procuram outras brechas para sair dos casamentos
problemáticos.
B. O Problema de Igrejas que Seguem a Sociedade.
1. Estes e outros problemas doutrinários vêm de uma tendência maior de
adaptar a mensagem da igreja para se adequar aos padrões da sociedade.
2. O divórcio se tornou muito mais comum nas últimas duas gerações, e igrejas,
em geral, têm modificado sua mensagem para não condenar o que a
sociedade aprova.
C. Seremos comformados à sociedade ou transformados pela renovação das nossas
mentes conforme a vontade de Deus? (Romanos 12:1-2).
Os Casados Enfrentam Desafios Egoístas e Morais.
A. A raiz de alguns dos problemas que serão citados agora é o egoísmo e a ênfase
exagerada na auto-realização.
1. Na sociedade moderna, a felicidade própria tomou o lugar de serviço e dever.
2. A primeira questão para muitos não é a vontade de Deus (amar a Deus –
Mateus 22:37), nem o bem-estar dos outros (amar ao próximo – Mateus
22:39), e sim a própria vontade e felicidade (“mais amigos dos prazeres
que amigos de Deus” – 2 Timóteo 3:4).
B. Algumas conseqüências do egoísmo no casamento.
1. Vidas separadas sob o mesmo teto.
a. Muitos casais mantêm suas vidas separadas, vivendo juntos numa
relação de conveniência, e não de amor e serviço mútuo.
b. Freqüentemente, o problema começa com homens que não se envolvem
com a esposa e com os filhos. Muitas vezes leva as mulheres a buscar
preenchimento fora – numa carreira, em atividades sociais, em
amizades, em salas de bate-papo na Internet, ou até em casos
adúlteros.
c. Os servos de Deus devem viver “a vida comum do lar” – habitar em
união (1 Pedro 3:7).
2. Amizades perigosas.
a. Solteiros mantêm amizades com pessoas de ambos os sexos.
b. Casados precisam priorizar a relação com o cônjuge.
i. Quem é seu melhor amigo (humano)?
ii. Perigo de priorizar amizades com os colegas.
iii. Perigo maior de manter amizades com pessoas do sexo oposto.
c. Sugestão prática: Cultivar amizades de casais com casais, dando
preferência aos casais cristãos.
3. Serviço ao senhor errado.
a. Não pode servir dois senhores (Mateus 6:24).
b. Muitos casais se entregam à busca pela prosperidade, e perdem tudo
que tem valor.
i. A posição socio-econômica se torna o alvo principal da vida.
ii. Carreira e prosperidade acima de Deus, acima do cônjuge, acima
dos filhos, acima dos próximos.
iii. Presentes no lugar da presença.
iv. E no final, terão o quê? Uma casa bonita e um saldo alto na conta
bancária, sem ninguém com quem dividir esta “alegria”?
4. A sensualidade e o adultério.
a. Solteiros que não aprendem controlar e negar seus impulsos sexuais
freqüentemente se tornam casados que não controlam seus impulsos
sexuais.
b. O que mudou?
i. Antes de casar, era proibido ter relações sexuais com todas as
pessoas do mundo. Depois de casar, é proibido ter relações sexuais
com todas as pessoas do mundo, menos uma.
ii. Antes de casar, era proibido olhar para outros com desejo impuro
(Mateus 5:28). Depois de casar, continua sendo proibido.
c. Mas as pressões são grandes.
i. Na televisão, em filmes, na locadora, nas bancas e na Internet, a
sensualidade se apresenta constantemente, tentando destruir as
defesas de homens que têm obrigação de controlar e negar desejos
naturais.
ii. No mundo, no serviço e na rua, o adultério se apresenta como algo

comum e praticamente normal.
d. Sugestões práticas:
i. Aprender a cortar pensamentos errados no início, mudando para
coisas boas e puras.
ii. Procurar a satisfação dos desejos normais em casa, e não negar as
necessidades do seu cônjuge (Hebreus 13:4; 1 Coríntios 7:3-5a).
iii. Não usar o pecado de outros (nem as falhas do seu cônjuge) para
justificar seus erros.
iv. Precisamos dizer “não” ao adultério!

III. Uma Perspectiva Positiva.
A. Para ter vidas e casamentos felizes, devemos desenvolver a mentalidade de
servos.
1. Jesus enfatizou o princípio de serviço (Mateus 20:26-28).
2. Paulo frisou a mesma responsabilidade:
a. Servos da justiça para a santificação (Romanos 6:18-19)
b. Servir ao Senhor (Romanos 12:11).
c. Servir aos outros (Romanos 12:10,13).
d. Servir à família (Efésios 5:21,22,25,28,33; 6:1,4).
B. O foco do casal deve ser o serviço aos outros.
1. Não concentrar no espelho do egoísmo.
2. Não focalizar principalmente a relação dos dois.
3. Um do lado do outro, olhando para as oportunidades para servir aos outros.

Conclusão: Para ser santificado no casamento:
A. Entender e aceitar a vontade de Deus para o casamento.
B. Rejeitar as falsas doutrinas que desrespeitam a palavra de Deus.
C. Reconhecer e resistir as tentações no mundo.
D. Aprender como servir a Deus e aos outros.

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